Substância deixou animal temporariamente azul.

Ratos que receberam injeção de BBG ficaram azuis
temporariamente, mas voltaram a andar
após lesão de medula espinhal. (Foto: Universidade de Rochester)
Nesse processo, o “armazém” de energia do organismo, uma substância conhecida por ATP (trifosfato de adenosina, na sigla em inglês), toma conta da área lesada da medula em níveis centenas de vezes superiores ao normal, e gruda na molécula P2X7. A dupla ATP-P2X7, por sua vez, estimula exageradamente as células nervosas, que acabam morrendo por puro e simples stress. O ATP acaba devastando as neurônios motores não atingidos, portanto, saudáveis.
Uma injeção intravenosa do corante neutraliza justamente a ligação com o receptor P2X7, cortando esse processo de curto-circuito neuronal que pode ser ainda mais destruidor que a lesão de origem. Os ratos melhoraram a ponto de conseguir voltar a andar, ainda que mancando, e com o inconveniente estético de ficarem azuis por um certo período. Os que não receberam BBG nunca mais voltaram a andar.
Maiken ressalta que, a despeito de ser promissora, a técnica ainda vai levar anos para ser aplicada em humanos. Além disso, só será útil para pacientes que acabaram de sofrer lesão medular, e é inútil mais de 24 horas depois do trauma.
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